São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 1997
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'Escola' deve atender 40 alunos

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O livro sobre infração de adolescentes propõe, para os casos que exigem privação de liberdade, que o atendimento deve ser feito em grupos de, no máximo, 40 jovens.
"Hoje em São Paulo, por exemplo, há cerca de 2.000 jovens na Febem (grandes centros onde esses adolescentes ficam reclusos)", afirma Mário Volpi.
"É importante a descentralização dessas casas para que elas estejam mais próximas da família do jovem. Isso facilita sua reintegração à comunidade", diz.
O projeto pedagógico proposto no livro determina que a maior parte do tempo que esses jovens passam na casa deve ser dedicada a atividades escolares e profissionalizantes. O resto fica para atividades lúdicas e religiosas.
A própria arquitetura desses estabelecimentos é questionada pelos autores do livro. Para eles, "a melhor contenção (do garoto à unidade) ocorre pelos compromissos que ele firma com os educadores".
Segundo Volpi, um ambiente menos agressivo permite que "os jovens construam um projeto de vida". "As unidades onde o projeto pedagógico vem sendo bem desenvolvido têm conseguido libertar os jovens antes dos três anos fixados pelo ECA como pena máxima", diz ele.
Para jovens que cometem infrações menos graves, as sugestões de medidas socioeducativas vão da obrigação de reparar os danos provocados a trabalhos comunitários -e, sempre, ir à escola.
(FR)

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