São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Monomotor foi feito em 1946

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CONSELHEIRO LAFAIETE; DA SUCURSAL DO RIO

O dono da escola de aviação e manutenção de aeronaves CHB Aviação, de Conselheiro Lafaiete, Francisco Rezende Paula, disse que as manobras feitas pelo piloto Célio Rodrigues foram irregulares. "Ele estava voando muito baixo."
Paula alugava um espaço no seu hangar no aeoporto Bandeirinhas para que o piloto guardasse seu avião. Segundo ele, o avião de Rodrigues, de 1946, é o único do modelo que ainda voa no Brasil.
Apesar de antigo, o avião, segundo ele, estava bem conservado. O piloto teria colocado um motor novo há cerca de um ano. Rodrigues, segundo Paula, é um excelente mecânico de aviões, especializado em estrutura.
O avião estava no aeroporto de Conselheiro Lafaiete há cerca de dois anos. O piloto morava em Belo Horizonte e ia nos finais de semana para a cidade para fazer pequenos vôos, por hobby. Há cerca de dois meses, ele estava morando na cidade, dormindo em um alojamento da escola de aviação.
Paula falou com Rodrigues depois do acidente, momentos antes de ele desaparecer. Segundo ele, o piloto estava transtornado e, quando ouviu pela televisão o número de mortos, chegou a dizer que devia ter morrido no acidente.
Rodrigues é separado e tem dois filhos, que moram com a mãe.
Segundo Paula, Rodrigues foi multado pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), há dois anos por fazer acrobacias perigosas.
O major José Francisco de Assis, chefe da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do 3º Serac (Serviço Regional de Aviação Civil), disse que não podia fornecer o histórico do piloto porque os computadores do setor estavam fora do ar.
O major está esperando dados sobre o acidente com o avião monomotor. Ele disse que, na quinta-feira, vai até Minas acompanhar pessoalmente as investigações.

Colaborou a Sucursal do Rio

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