São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997![]() |
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Tanques protegem palácio da PB de PMs
ADELSON BARBOSA
O governador José Maranhão (PMDB) pediu proteção de tropas federais ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Maranhão temia confusão e invasão do palácio durante a manifestação contra os baixos salários dos PMs, ontem pela manhã. Quase houve confronto, mas a ameaça de repetir os tumultos de Minas no início do mês não se concretizou. Os três batalhões do Exército em João Pessoa e Bayeux (na região metropolitana) passaram o dia ontem em prontidão, segundo apurou a Agência Folha. A manifestação, ocorrida na praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção, Tribunal de Justiça e Assembléia Legislativa, reuniu entre 700 e 800 PMs, segundo os líderes do movimento. No início da tarde, os manifestantes decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Os PMs reivindicam salários em torno de R$ 380,00. O governo diz que não tem dinheiro para atender a reivindicação. O governador José Maranhão não quis revelar a contraproposta do governo. Ele afirmou que "é uma contraproposta estratégica, que não pode ser divulgada". Durante o protesto, os PMs atearam fogo aos contracheques, promoveram um "apitaço", distribuíram rosas à população, colocaram tarjas pretas no braço em sinal de luto e denunciaram o estado de miséria em que vivem. Confronto Os manifestantes quase entraram em confronto com os soldados do Exército, ao tentarem invadir a área interditada em frente ao palácio. Foi preciso reforço na segurança. Os PMs estavam desarmados. Os soldados do Exército estavam armados com cassetetes, metralhadoras, rifles e pistolas. Na Paraíba, existem cerca de 7.500 PMs. De acordo com o governador, a manifestação de ontem só atingiu 5% (375 policiais) das tropas nos seis batalhões existentes na Paraíba. Ele disse que o governo não negocia com grevistas. Maranhão afirmou que o regulamento interno da PM será aplicado a eles. O regulamento prevê punição para PMs que participam de manifestações de rua. As punições vão de advertência à prisão e expulsão. A manifestação reuniu comitivas de PMs de João Pessoa e dos municípios de Campina Grande, Patos, Guarabira, Cajazeiras, Sousa, Sapé, Mamanguape e Itaporanga. Nos batalhões de Patos e Cajazeiras, os PMs, segundo as lideranças, foram impedidos de sair às ruas pelos comandos. Texto Anterior: Cinegrafista pediu para voar Próximo Texto: Governo de AL chama Exército Índice |
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