São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Privatização muda o cenário

DA ENVIADA ESPECIAL A PARIS E MADRI

A privatização do Sistema Telebrás, que começa no ano que vem com a venda da Telesp e da Embratel, vai mudar o cenário brasileiro para os fabricantes de equipamentos de telecomunicações.
Atualmente, segundo Miguel Canalejo, presidente da Alcatel para a América Latina, um grupo estrangeiro só pode disputar o fornecimento de equipamentos de telefonia convencional no Brasil se tiver fábrica no país. Os incentivos fiscais para a produção local e os impostos sobre a importação representam uma diferença de 40% no preço a favor do produto feito no país em relação ao importado.
Canalejo diz que a privatização das estatais vai alterar a regra atual do jogo e as futuras operadoras vão comprar onde for mais barato.
Segundo ele, se o governo quer preservar a produção e os empregos locais, deve incluir a geração de empregos e investimentos locais entre os critérios para a escolha das empresas que irão substituir o monopólio estatal.
O modelo brasileiro, que tem sido anunciado pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta, prevê a competição em todos o serviços, inclusive na telefonia local.
"As empresas de energia elétrica e de distribuição de água e gás vão disputar o mercado de telefonia." É o que está acontecendo na Espanha. Na semana passada, o consórcio liderado pela distribuidora de energia elétrica Endesa e pela telefônica italiana Stet venceu a licitação para se tornar a segunda operadora nacional de telefonia.

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