São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Malan descarta efeito dominó da crise no Sudeste Asiático

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os ataques especulativos que obrigaram países do Sudeste Asiático a desvalorizar suas moedas são uma exceção e não uma regra que irá se repetir em todos os países emergentes.
Assim pensa o ministro da Fazenda, Pedro Malan, que participou ontem em São Paulo da reunião do conselho consultivo da Daimler-Benz, que controla a Mercedes.
Para Malan, é impossível imaginar que o efeito dominó da crise cambial seja algo inevitável. "Pensando por aí, há 160 países emergentes no mundo prestes a sofrer um ataque especulativo", disse.
Segundo ele, o fato de um país atingir um déficit na conta corrente de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) não significa que, automaticamente, ele sofrerá um ataque de especuladores e será obrigado a desvalorizar sua moeda.
"A vulnerabilidade de um país tem relação com a percepção dos investidores sobre a capacidade de financiamento dessa economia. E os investidores são sofisticados, sabem analisar as diferenças entre os países", afirmou.
Malan, no entanto, disse que não há riscos de o déficit na conta corrente do Brasil chegar a 8%, já que o governo está atento e agirá para impedir que isso aconteça.
A previsão da equipe econômica é um déficit de 4,5% do PIB neste ano. Em 96, ele fechou em 3,3%, segundo o ministro.
(SL)

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