São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997 |
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Estaduais toleram 'cultura do tapetão'
JULIANO BASILE
Mesmo rebaixados no gramado, outros clubes brasileiros contam com essa possibilidade. Como a fórmula de disputa dos campeonatos estaduais só é definida em reuniões após o término dos torneios, os chamados conselhos arbitrais, campeões das divisões de acesso podem não subir à principal, e 'lanternas' de um campeonato podem não ser rebaixados. Um bom exemplo de falta de previsão que pode levar à "virada de mesa" acontece em Goiás. No Estadual deste ano, o Goiânia ficou entre os últimos e deve ser rebaixado, como manda o regulamento do campeonato. Mas o clube, um dos mais tradicionais do Estado, espera contar com o apoio da federação para se manter na primeira divisão. "Hoje, estamos rebaixados, mas vamos ver com a federação a possibilidade de disputarmos a Série A", disse o presidente do conselho deliberativo do clube, Arione José de Paula. "Isso não aconteceu com o Fluminense?" Segundo o Departamento Técnico da Federação Goiana, se os clubes concordarem, o presidente Wilson da Silveira pode dar o aval para o clube subir em 98. A Federação Baiana diz que não haverá 'virada de mesa' para o Estadual-98, mas o Jequié, penúltimo lugar este ano, insiste em subir. Osvaldo Cerezo, vice-presidente do clube, afirma que a equipe agrada financeiramente à federação. "Somos o sexto time em renda, um dos clubes mais fortes do interior." Cerezo disse que conta com o apoio do vice-governador do Estado, César Borges, natural de Jequié, para seu clube se manter na elite do futebol baiano. Apesar de a equipe ter sido rebaixada de acordo com o regulamento do Baiano, a decisão sobre quem disputará a primeira divisão de 98 só sai em reunião do conselho arbitral, prevista para este mês. "Como cada clube profissional vota duas vezes e o interior é maioria, temos chances de aumentar o número de times e disputar a primeira em 98", disse Cerezo. Esperança Segundo o secretário-geral da Federação Pernambucana de Futebol, Nair Cavalcanti, não irá ocorrer 'virada de mesa' no Estado. Mas o presidente do rebaixado Limoeiro, Paulo Boregio de Lima, aposta na decisão do arbitral. "Vou pedir o aumento do número de clubes no conselho e apostar na média de renda do time para ver se há possibilidade de ficarmos na primeira", disse. "Em princípio, estamos rebaixados, mas, como se diz, 'a esperança é a última que morre."' Texto Anterior: Time grande fica no muro Próximo Texto: 'Grandes' já receberam ajuda Índice |
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