São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Ponte cede e mata um na 'olimpíada judaica'

RICARDO SETYON
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos uma pessoa morreu e outras 66 ficaram feridas quando uma ponte de um estádio de esportes de Ramat Gan, próximo a Tel Aviv (Israel), desabou pouco antes do desfile de abertura da Macabíada, a "olimpíada judaica".
Vários participantes da delegação australiana, com cerca de 370 membros, estavam na ponte, que passa sobre o rio Yarkon, prontos para iniciar o desfile dos 27 países participantes.
A equipe brasileira (com cerca de 200 integrantes) seria a quarta a passar. Os atletas ajudaram no resgate dos feridos.
Segundo a polícia, a ponte de madeira sustentada por barras de ferro se partiu ao meio. Ela havia sido construída especialmente para os jogos.
A agência israelense "Itim" disse que a pessoa morta era uma australiana de 50 anos de idade. Há três atletas gravemente feridos. O ministro da Segurança Pública de Israel, Avigdor Kahalani, descartou a possibilidade de crime.
Os organizadores do evento cancelaram o desfile, mas as celebrações de abertura dos jogos, que se realizam a cada quatro anos, continuaram. Cerca de 50 mil pessoas estavam presentes no estádio, entre elas o primeiro-ministro do país, Binyamin Netanyahu.
Os jogos foram suspensos hoje, porque havia muitos atletas abalados pelo acidente.
"A situação mexeu com o espírito da equipe brasileira, pois poderíamos nós estar lá entre os escombros", disse Jacques Katarivas, um dos dirigentes da delegação brasileira.
Bomba em Belém
Um palestino morreu na explosão de uma bomba em Belém, sul da Cisjordânia. Segundo a Rádio Israel, ele era membro do Hamas (grupo radical islâmico), e as autoridades estavam checando se ele tentava plantar uma bomba.
O dia de ontem foi de relativa calma no restante da Cisjordânia. Pela primeira vez desde a suspensão das negociações de paz no Oriente Médio, há mais de três meses, as forças de segurança palestinas se mobilizaram para evitar confrontos entre palestinos e soldados israelenses em Hebron.

Colaborou Ricardo Setyon, especial para a Folha, de Tel Aviv

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