São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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O vendedor

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Publicitários, estes vendedores de políticos, são tanto melhores quanto mais se apaixonam pelo produto.
Duda Mendonça é apaixonado por Maluf. Nem tanto por sua política, sua agenda, mas pelo produto.
Nizan Guanaes, que elegeu FHC, não disfarçou que sente o mesmo pelo presidente, no Roda Viva. Frases:
- O Fernando Henrique tem popularidade porque é o maior presidente do século.
- Eu já era apaixonado pelo Fernando Henrique muito antes de conhecer. Vim para São Paulo e ficava babando, e as meninas todas também, porque ele é um homem charmoso, um homem interessante, um homem bacana.
Religioso, comparou FHC a Moisés, que levou o povo judeu pelo deserto até a Terra Prometida. E deu uma dica do que vem por aí:
- O objetivo da comunicação é dizer para onde nós estamos caminhando.
A Terra Prometida dos brasileiros, segundo ele:
- Nós somos a próxima grande potência. O Brasil vive um momento fantástico.
Apaixonado, vende como ninguém. As ações de FHC são inquestionáveis:
- O Proer é coisa séria.
Mas nem tudo é inquestionável. Por exemplo, a comunicação do presidente, que é dirigida por outro.
- Em comunicação, o governo não está com nada... (Sergio Amaral é) homem decente. Agora, ele está inadaptado como eu não estaria adaptado no Itamaraty.
Mas vem aí a campanha e Nizan Guanaes vai vender FHC de qualquer jeito.
- Eu quero fazer e vou fazer... Se ele não me convidar, eu vou entrar num diretório tucano e vou para as ruas, ficar buzinando.
Ele vai vender. Como se vê, não existe um caixeiro melhor para o produto FHC.

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