São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997 |
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Rambo nega ter matado conferente
OTÁVIO CABRAL
Rambo e outros cinco ex-policiais militares prestaram depoimento ontem ao juiz-auditor da 1ª Auditoria da Justiça Militar Ronaldo João Roth, que preside o processo militar sobre o caso de Diadema. Rambo afirmou que parou o carro onde estavam Josino, Jeferson Sanches Caput e Antonio Carlos Dias porque já os conhecia e sabia que eles eram usuários de drogas. "Eu queria ver se eles tinham entorpecentes e aconselhá-los a não usar drogas. Mas eles estavam completamente alterados." Caput, então, na versão do ex-soldado, teria cuspido em seu rosto. "Para não fazer besteira, parei a revista e fui para longe. Eles entraram no carro me xingando e dizendo que iriam me denunciar." Quando saíram com o carro, Caput teria "feito menção de pegar uma arma". "Preocupado, dei um disparo paralelo ao carro, com intuito de intimidar, e o veículo retirou-se normalmente", afirmou Rambo, negando que o disparo tenha matado Josino. Logo depois de atirar, prosseguiu Rambo, ele ouviu o barulho de outro tiro, que teria sido disparado para o alto pelo ex-soldado Maurício Gomes Louzada. Louzada nega ter feito o disparo. Rambo admitiu que deu muita ênfase às operações realizadas na favela Naval. Segundo ele, traficantes da favela teriam viciado uma amiga de sua filha, o que o deixou "com raiva". Gambra também negou que ele e o ex-PM Nélson da Silva Júnior tenham agredido e tentado matar o músico Sílvio Calixto Lemos. O ex-soldado acha que as vítimas sabiam que estavam sendo filmadas, porque estavam "mais agressivos e sempre olhavam em direção à casa onde estava a câmera". Outros cinco ex-policiais prestaram depoimento ontem: Rogério Neri Bonfim, Silva Júnior, Paulo Rogério Barreto, Louzada e Demontier Figueiredo. Todos negaram os crimes e seguiram a mesma linha de defesa de Rambo. Texto Anterior: Detentas fazem quebra-quebra em SP Próximo Texto: FRASES Índice |
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