São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997 |
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Filme com Pitt omite passado nazista de personagem central
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Com Brad Pitt no papel principal, o filme é baseado na autobiografia do montanhista austríaco Heinrich Harrer, 84, e sua passagem pelo Tibete. Lá, Harrer conheceu o líder espiritual Dalai Lama, de quem se tornou professor. A Tri-Star, produtora do filme, apostava que ele seria um possível candidato ao Oscar. Uma denúncia da revista alemã Stern, porém, pode colocar esses planos por água abaixo. Segundo a publicação, Heinrich Harrer participou da SS de Hitler, a polícia nazista que aterrorizou a Europa durante a Segunda Guerra. O montanhista, que aparece até em uma fotografia com Hitler, não negou seu passado nazista e disse estar com a consciência tranquila. "Foi um erro pelo qual me arrependi." A revelação do passado de Harrer lembra a do de Kurt Waldheim, também austríaco. Depois de ter ocupado o cargo de secretário-geral da ONU, Waldheim viu-se envolvido em um escândalo quando descobriram seu passado nazista. As reações Um grupo de judeus de Nova York está pregando o boicote da população norte-americana ao filme, com estréia programada para outubro. Dizendo que desconhecia o passado de Harrer, Annaud afirma que não deve mudar a história do filme. "Contamos a vida de alguém que errou, sentiu-se culpado e deu a volta por cima. Depois da passagem pelo Tibete, Harrer virou um ativista dos direitos humanos." Texto Anterior: 'Aqui não é só seca, praia e sertão', diz Moura Próximo Texto: Denise Namura focaliza o indivíduo em workshop Índice |
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