São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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"A Chave" mostra comédia existencial

JOSÉ GERALDO COUTO

"A Chave da Liberdade" segue um esquema dramático que já virou um gênero à parte no cinema americano: o do sujeito careta envolvido num encadeamento de acasos que o fazem viver as maiores loucuras antes de conseguir voltar para casa.
Quem pensou em "Depois de Horas" ou "Totalmente Selvagem" deve baixar as expectativas. "A Chave da Liberdade" começa muito bem, como uma comédia estranha em torno de um metódico engenheiro (John Turturro) visto como caxias por seus subordinados e pela própria família.
Ele está num trabalho longe de casa quando perde inesperadamente o emprego. Em vez de voltar direto para casa, pega o salário e resolve tirar umas férias particulares -só que não tem idéia de como fazer isso.
O roteiro desanda quando ele encontra um hippie de beira de estrada (Sam Rockwell), uma espécie de Peter Pan que o faz redescobrir a liberdade, a infância, o sonho etc.
O filme resvala então para a pieguice e só se salva graças ao talento cômico de Turturro.

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