São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997 |
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Suspeito é solitário, dizem conhecidos
ROGERIO SCHLEGEL
Segundo José Carlos Sinegalha, empreiteiro que trabalha no prédio e fez obras no apartamento de Castro em outubro passado, seu apartamento praticamente não tinha mobília. "O colchão ficava no chão, a sala não tinha mesa ou cadeiras e o segundo dormitório era tomado de tralhas, como malas e panelas velhas. A TV ficava em cima de uma caixa de papelão." Na ocasião, a sala de Castro era dividida ao meio por uma pilha de grandes caixas de papelão. Era uma herança do tempo em que Castro dividia o apartamento com a irmã, Aurora, e cada um tinha uma área interna delimitada, sem poder passar para o lado do outro. Profissão indefinida Castro não tem regularidade nos horários de entrar e sair do prédio, o que indica que não trabalha, ou tem jornada flexível. "Cada dia ele sai e chega em uma hora diferente. Às vezes, ele nem sai, embora seja dia útil", contou o zelador. Segundo a síndica Sione Neves, os vizinhos acreditam que é aposentado. À Polícia Federal, ele disse que é professor desempregado. Castro não tem carro ou telefone. A síndica diz que ele "não aparenta ter posses", mas seu condomínio é pago em dia. O apartamento em que mora pertence à família e é parte em um inventário. O condomínio, de R$ 250,00, vem em nome da irmã, Aurora. Castro costuma reclamar do valor do condomínio e chegou a passar um abaixo-assinado contra a síndica. Com frequência, queixa-se do barulho feito pelos vizinhos. O prédio em que vive fica numa rota de aviões para o aeroporto de Congonhas. Texto Anterior: Motorista de ônibus evita falar Próximo Texto: Castro viajou 3 vezes pela TAM Índice |
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