São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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"Cárcere" conta sequestro

FERNANDO OLIVA
DA REDAÇÃO

"Cárcere Privado" é produto de uma crise existencial do ator Leonardo Alkmim. Em meados de 95, então com 26 anos e angustiado por uma maré baixa no seu trabalho teatral, ele resolveu produzir seu primeiro texto para os palcos.
"Naquela época, estava mesmo sem nada para fazer e podia ficar escrevendo oito horas por dia", conta.
O trabalho foi concluído em 20 dias e, em julho do mesmo ano, abocanhou o prêmio de melhor texto no 1º Festival de Teatro do Sesi em Brasília.
Selecionado este ano pela Jornada Sesc de Teatro, o autor contratou elenco e diretor, batizou o grupo de Tal e montou a peça. A primeira encenação acontece na noite de hoje.
"Cárcere Privado" conta a história de um sequestro malsucedido. A quadrilha formada por Agá (Adriano Garib), Dáblio (Francisco Brêtas), Eme (Roberto Matos), Ka (Adão Filho) e Jota (o próprio Alkmim) é contratada por uma pessoa anônima para sequestrar um empresário.
Sem motivo aparente, todo o plano começa a dar errado e, frente ao acaso, os criminosos passam a revelar suas personalidades. O absurdo toma conta da cena. "Não falo de bandidos e mocinhos, mas de pessoas que estão em situações extremas e vivenciam experiências que não conhecemos", assinala Alkmim.
Direção de movimento
Qualquer semelhança com um roteiro de Quentin Tarantino não é mera coincidência. Alkmim aponta o diretor de cinema como uma de suas principais inspirações.
Antes de escrever seu texto, já havia assistido a "Cães de Aluguel" e "Pulp Fiction - Tempo de Violência", os incensados filmes do norte-americano. "A tentativa de colocar humor numa situação de violência é influência clara do Tarantino."
"Cárcere Privado" tem direção do chinês Dani Chao Hu, formado pela ópera de Pequim (China) e trabalhando no Brasil desde o início dos 80.

LEIA MAIS sobre "Cárcere Privado" à pág. Esp. 4

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