São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
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A USP e a 'era da informação'

FLÁVIO FAVA DE MORAES; ROSALY FAVERO KRZYZANOWSKI

FLÁVIO FAVA DE MORAES e ROSALY FAVERO KRZYZANOWSKI
As novas tecnologias aceleraram as vias de comunicação, afetando os vários setores do conhecimento e tornando a informação a principal fonte de poder.
A universidade, "como lugar estratégico de saber qualificado e de formação profissional avançada", é contribuinte dinâmico no processo pela geração, difusão e intercâmbio de novos conhecimentos, ampliando os recursos da pesquisa e do ensino. As bibliotecas universitárias enfrentam vários desafios para alcançar soluções viáveis no provimento da informação.
A USP, atenta a essa relevante questão, criou já em 1981 o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBi/USP), com prioridade na automação de acervos e serviços, tomando por base a definição da seguinte política: a) centralização da informação bibliográfica, sem necessidade da reunião física de acervos; b) atualização constante da informação bibliográfica adquirida; c) controle bibliográfico da informação gerada na universidade; d) implementação das possibilidades de recuperação da informação; e) acesso facilitado às informações do Banco de Dados Bibliográficos da USP (Dedalus); f) disseminação de produtos impressos em papel e/ou em meio eletrônico, a partir das informações armazenadas no Dedalus.
O Dedalus, atualmente com 1.365.550 registros, está disponível na Internet pelo endereço Telnet: server.usp.br - login: dedalus ou http://www.usp.br/sibi/sibi.html.
Com a modernização dos recursos técnicos, tem sido possível ao SIBi/USP construir e manter um espaço virtual a serviço da pesquisa das comunidades acadêmicas local, nacional e internacional.
Para tanto, foram adquiridos em 1996 com apoio da Fapesp: a) novo software gerenciador do Dedalus, com funções integradas de bibliotecas e arquitetura cliente/servidor; b) parque de hardware para o funcionamento pleno do software; c) material de infra-estrutura para a instalação de redes locais nas 38 bibliotecas do sistema, assim como a conexão à rede de fibra ótica da USP; d) torres de CD-ROM para acesso multiusuário; e) portões eletrônicos.
Com essas ações e a adoção de padrões internacionais para o tratamento da informação e o intercâmbio de dados bibliográficos, caracteriza-se uma nova postura da USP na área da informação.
Além disso, a USP vem intensificando o treinamento e a capacitação dos seus profissionais de informação. Convênios de parcerias em projetos interinstitucionais também vêm sendo firmados.
É importante ressaltar que, sejam as bibliotecas "reais" mantenedoras de coleções, sejam elas "virtuais" ou, ainda, uma combinação de "real" e "virtual", o atendimento completo e atualizado de acesso à informação deve ser o motivo central das estratégias de transformações adotadas.
Isso evidencia que a missão precípua das bibliotecas na USP não mudou, mas modernizaram-se os meios e as condutas utilizadas para concretizá-la.

Flávio Fava de Moraes, 59, é reitor da USP.
Rosaly Favero Krzyzanowski, 55, é bibliotecária, especialista em documentação científica e diretora técnica do SIBi/USP.
E-mail: dtsibi@org.usp.br).

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