São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Invasor pinta o rosto de preto
SERGIO TORRES
A descoberta ocorreu ao amanhecer do dia 1º de abril. Na madrugada anterior, traficantes locais e invasores disputaram a tiros o domínio da venda de drogas. Ao examinar o corpo, o tenente-coronel Joel Domingos, comandante do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar), no Méier (zona norte), concluiu que um mercenário invasor morrera em serviço. "Parecia um guerrilheiro. Era um mulato que, para ficar mais escuro ainda, encheu o rosto de graxa. Estava vestido de preto. Carregava um fuzil automático AK-47." Foi enterrado como indigente. Não trazia documentos. Não apareceu ninguém para identificá-lo. A polícia apurou que participaram daquela invasão "soldados" da Mangueira, do morro do Alemão e da Vila Vintém. Há 20 dias, policiais militares ocuparam o morro da Cachoeirinha (Lins, zona norte), onde traficantes tentavam repelir com tiros e granadas um ataque de inimigos. A PM conseguiu prender vários envolvidos. Quatro presos não eram da favela. "Um era de Padre Miguel (zona oeste), dois eram da Penha (zona norte), um era de Santa Cruz (zona oeste). Era um pessoal de fora recrutado para a invasão. Foi uma típica ação mercenária", afirmou. (ST) Texto Anterior: M. trabalha por R$ 1 mil Próximo Texto: 'Bonde' ataca vestido de ninja Índice |
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