São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Projeto fica sem dinheiro para ensinar
FERNANDO ROSSETTI
Uma mudança na sistemática do MEC de distribuição de recursos para programas como o do Ibeac deixou a entidade com um rombo de R$ 250 mil. A nova sistemática do MEC prevê que o dinheiro para alfabetização pode ser usado em formação de educadores e em materiais, mas não para pagamento de salários. Como a maior parte do dinheiro do Ibeac para esse programa vinha do MEC, o grupo agora tem que encontrar novas fontes de financiamento para manter seu trabalho -que atualmente atinge cerca de 17 mil pessoas no Estado. Segundo o diretor da entidade, Hélio Amorim de Oliveira, 43, o ministério aceitou retomar, apenas para o segundo semestre deste ano, a sistemática anterior. Mas ficou a dívida de três meses e uma crise anunciada para 1998. O trabalho envolve também a formação de Conselhos Comunitário de Educação, Cultura e Ação Social. A idéia é, além do trabalho de educação, favorecer a organização da sociedade local. Cada aluno atendido custa R$ 7,25 por mês. Os monitores recebem R$ 100 por mês, e os coordenadores, R$ 200. "É apenas uma ajuda de custo", afirma Oliveira. "'A gente não tendo estudo, a gente pasta, porque é difícil", diz Doriléia Souza Lopes de Souza, 31. Ela participa de uma das classes da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Taboão da Serra (Grande São Paulo), que reúne jovens e adultos desempregados, empregadas domésticas, pintores, entre outras pessoas que querem aprender a ler, escrever e fazer contas. (FR) Ibeac - Av. Dr. Arnaldo, 2.083, CEP 01255-000, São Paulo, tel. (011) 864-3133. Texto Anterior: Encontro propõe 6% do PNB para ensino Próximo Texto: MEC e ONG lançam currículo para adultos Índice |
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