São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Filmes exibem bailarino em ação

ANA FRANCISCA PONZIO
DA ENVIADA ESPECIAL

Anexa à exposição "Rudolf Nureyev - Une Étoile à Paris" do museu Carnavalet, a pequena sala de projeções costuma ficar superlotada. Em sessões que duram 30 minutos, uma série de filmes revive Nureyev em solos eletrizantes (como "O Corsário"), ou dançando ao lado de sua principal parceira, a bailarina Margot Fonteyn.
Além de excertos como esses, também é exibido, em versão completa, o balé "Le Jeunne Homme et La Mort" ("O Homem Jovem e a Morte"), uma das obras mais importantes do coreógrafo Roland Petit, com Nureyev no papel-título e Zizi Jeanmaire como a morte que seduz o jovem.
Criada em 1946 a partir de um mimodrama de Jean Cocteau e ao som da "Passacaglia" de Bach, essa coreografia foi originalmente interpretada por Jean Babilée.
Em 1965, Petit a remontou para Nureyev, que mostrou ser capaz de representar personagens contemporâneos com o mesmo vigor que imprimia aos príncipes do repertório clássico.
Em "Le Jeunne Homme et La Mort", Nureyev demonstra o talento dramático que mais tarde também lhe permitiria protagonizar obras como "Lúcifer", de Martha Graham.
Ao lado de Zizi Jeanmaire, ele contracena num cenário que simula um pequeno dormitório, onde o personagem se enforca. Nesse balé, Nureyev foi introduzido na dança-teatro de Petit, que fundiu a técnica acadêmica a um gestual retirado da vida real.
(AFP)

Texto Anterior: Mostra recria intimidade de Nureyev
Próximo Texto: Radionovela tem revival no Sul do país
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.