São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
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Mesquita Azul é um convite à meditação

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
DO ENVIADO ESPECIAL

A mesquita Azul, também situada no Sultanahmet (complexo arquitetônico da cidade velha, onde se localizava o antigo hipódromo de Constantinopla), é um dos chamados pontos obrigatórios para o visitante de Istambul.
Ela foi construída no início do século 17 pelo sultão Ahmed 1º, cujo túmulo está localizado no conjunto do templo, separado por jardins do edifício principal.
A mesquita Azul, assim conhecida graças aos reflexos provocados por seus telhados em cobalto, é a única da cidade com seis minaretes -as torres que cercam os templos muçulmanos, de onde os fiéis são convocados às orações.
Seu interior é adornado por uma sucessão de grandes e pequenos domos, encimados pela cúpula principal, de 23,5 m de diâmetro. Os motivos internos -azulejos florais- dão ao grande salão de 50 m por 50 m uma plácida leveza.
A estrutura é sustentada por 16 pilares, e a luz penetra no templo através de 260 janelas.
Os números e dimensões são enfáticos, mas não se deve esperar a mesma suntuosidade de igrejas católicas, especialmente as latinas -como a própria Santa Sofia.
Não há ícones nos templos muçulmanos, e a elegante simplicidade da mesquita Azul convida muito mais à meditação do que ao temor a Deus.
O complexo da mesquita oferece outros atrativos, além do túmulo de Ahmed 1º. Esse é o caso de uma construção que servia para o repouso do sultão, antes e depois das orações. Hoje, a casa abriga um museu de tapetes.
Há, ainda, nas redondezas, um pequeno mercado, também de tapetes, e um museu de mosaicos.
É, obviamente, intenso o fluxo de turistas, que se misturam a fiéis que vão ao local para suas orações.
Para entrar na mesquita, como de resto em edifícios religiosos em geral, é preciso seguir algumas regras. Mulheres devem evitar braços descobertos e precisam usar um lenço sobre a cabeça. Homens não podem vestir bermudas. Todos devem tirar os sapatos.
As eventuais falhas no vestuário podem ser corrigidas na entrada. Há panos e lenços para que todos sigam as normas religiosas. Fotografias e gravações em vídeo doméstico são, surpreendentemente, permitidas.
(MAG)

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