São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Sergipanos enfrentam crise

DA REPORTAGEM LOCAL

Citricultores do Sergipe reclamam que o valor que a indústria paga pela caixa da laranja não cobre os custos de produção.
Norival de Almeida Camargo, presidente da Acise (Associação dos Citricultores do Sergipe), afirma que a caixa está sendo vendida a R$ 1,34, com um custo de produção de R$ 1,83. "Esperávamos R$ 2,45 pela caixa. Foi criado um pacto com as fábricas que não foi respeitado", afirma Camargo.
Segundo ele, em 1995 foi elaborado um plano para revitalizar a citricultura. "As indústrias assinaram um protocolo para dar suporte ao financiamento bancário. Havia um preço referencial de R$ 60 pela tonelada da laranja que não foi cumprido em 95, 96 e 97", diz.
O produtor João Ferreira Martins Filho, 31, de Quebradas, região centro-sul do Estado, diz que os produtores de laranja estão vivendo uma "situação caótica".
"A maioria dos produtores está inadimplente. O que estamos recebendo pela laranja não vai dar para bancar os custos de produção."
Há cerca de 6.400 mini e pequenos produtores no Estado, segundo a associação. Eles devem colher nesta safra 33 mil caixas de laranja.
Duas fábricas de suco de laranja estão instaladas no Estado. A Frutene, que participou do protocolo e está sob administração judicial, informou por meio do atual administrador, Waldir Schulz, que a empresa não vinha mantendo o preço estipulado no protocolo por causa dos baixos preços do suco no mercado externo.

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