São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997![]() |
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Covas diz que não renegocia proposta
SILVANA QUAGLIO
"O governo não está querendo fazer nenhuma queda-de-braço. Eu os recebi, recebi suas propostas e disse que faria para eles não uma contraproposta, mas aquilo que o governo pode fazer. Eu também tenho limitações", disse Covas antes do início da manifestação dos policiais, ontem. O governador reforçou que os salários dos policiais, hoje, são os maiores da história de São Paulo em termos reais. Covas afirmou que, contando os 118% concedidos no final do governo Fleury (91/94), mas quase totalmente pagos no governo Covas, mais 10% e 5% dados no ano passado e agora o reajuste entre 5,1% e 34%, o aumento total nos dois anos e meio do seu governo "foi de quase 200%". As limitações a que Covas se refere são de ordem orçamentária. O governador demitiu funcionários, cortou gastos e arrochou salários para que o Estado passasse a gastar estritamente o que arrecada -o que tecnicamente se chama zerar o déficit. "Foi um esforço muito grande para poder equilibrar as coisas, para poder colocar as contas em dia", afirmou Covas. Segundo os cálculos do governador, o aumento que ele propôs eleva os gastos com pessoal da polícia para R$ 3,3 bilhões por ano. Com relação à mobilização dos policiais, Covas disse: "reivindicação salarial é uma coisa absolutamente normal". A única coisa que não aceitará, disse o governador, é o uso de carro de polícia em manifestações. Até a hora do almoço, o governador disse que tinha certeza de ter a situação sob controle e não temia "conflitos violentos nem arruaças". O governador passou a manhã na Fenasoft (a maior feira de informática do país), em São Paulo, e disse que não mudaria sua agenda em função das manifestações. Texto Anterior: Ato reúne Rainha e capitão da Rota Próximo Texto: Policiais civis decidem entrar em greve Índice |
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