São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997![]() |
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Só 2 delegacias funcionam
LUIZ FRANCISCO
Ontem à tarde, somente os delegados plantonistas de Olinda e Boa Viagem (Recife) estavam trabalhando. "Resolvemos registrar as queixas para não prejudicar a população", disse a delegada Sílvia Costa. Os 4.700 policiais civis de Pernambuco reivindicam aumento do piso salarial para R$ 130 (atualmente o piso é de R$ 74,21) e abertura de concurso público. Segundo os líderes do movimento, o Estado necessita contratar imediatamente 9.400 policiais civis. Com a greve dos policiais civis, o governo contratou duas funerárias para recolher os corpos das vítimas nos hospitais da cidade. O IML suspendeu as autópsias na última sexta. Os mortos estão sendo examinados nos hospitais públicos Getúlio Vargas e Restauração. No final da tarde de ontem, uma ambulância da Secretaria da Saúde de Pernambuco também começou a transportar os cadáveres na região metropolitana de Recife. A ambulância e os carros das funerárias estão sendo escoltados pelo Exército. Sem técnicos habilitados para o serviço, os dois hospitais estão demorando em média 20 horas para liberar os corpos. Por falta de ortopedistas e traumatologistas, cerca de 50 pacientes que deram entrada ontem no Hospital da Restauração foram transferidos para o Hospital Getúlio Vargas. O presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Sérgio Leite, disse que a greve vai continuar enquanto o governo não apresentar uma proposta de reajuste salarial. O secretário da Justiça de Pernambuco, Roberto Franca, disse que o governador Miguel Arraes já está analisando um estudo sócio-econômico que possibilita o aumento salarial para os policiais. Texto Anterior: Recife adota 'toque de recolher' às 18h Próximo Texto: Exército não alivia tensão nas ruas Índice |
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