São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Mercado de carro de luxo triplica até 2000

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A venda de automóveis de luxo -modelos que custam acima de US$ 30 mil- deve triplicar nos próximos três anos no Brasil e passar das atuais 60 mil unidades para 190 mil no ano 2000.
A estimativa é de Franz-Josef Paefgen, presidente mundial da Audi. Para aproveitar o crescimento do segmento, a montadora -que conseguiu comercializar 1.500 veículos no primeiro semestre de 97- quer vender 30 mil unidades por ano no Brasil a partir de 2000.
Para atingir a meta, a Audi -uma subsidiária da Volkswagen- conta com o início de produção do modelo Audi A3, o carro compacto da marca, a partir de 99 na fábrica do Paraná.
Serão 25 mil unidades para o mercado interno. A Audi pretende vender ainda 5.000 carros importados da Europa.
Segundo Paefgen, o Audi A3 brasileiro vai custar pelo menos 10% mais barato que o modelo importado, que sai hoje por US$ 41 mil.
"A Audi irá intensificar sua atuação na América Latina", disse Paefgen em São Paulo, ao anunciar a criação da filial brasileira da montadora.
Segundo Paefgen, a Audi do Brasil será responsável pela comercialização de todos os veículos da marca no continente.
"Nossos planos aqui no Brasil progrediram tanto que nós mesmos estamos entrando no ringue", disse o presidente da Audi.
Novas concessionárias
A Senna Import, que até agora era importadora oficial da marca, permanece como distribuidora Audi para o mercado brasileiro.
A Senna será responsável pela ampliação da rede, pela área de marketing e atendimento ao consumidor. "A meta é passar de 24 concessionárias no Brasil para mais de 80 em 99", diz Rudolf Niesner-Schefenacker, diretor da Audi para a América Latina.
O acordo entre Audi do Brasil e Senna Import vai até 2001. A partir deste data está prevista a formação de uma joint venture entre as duas empresas para atuar na área de distribuição. A Audi terá 51% e a Senna Import, 49%.
"Vamos participar da venda dos carros produzidos no Brasil, o que não era previsto no contrato original de importação", diz Ubirajara Guimarães, vice-presidente-executivo da Senna Import.
A partir de agora, a importação dos carros Audi passa a ser feito pela Volkswagen.
A marca vai se beneficiar das regras do regime automotivo. A fábrica de São José dos Pinhais -investimento de US$ 750 milhões- foi incluída no acordo assinado entre a Volks e o governo brasileiro, o que permite à Audi fazer importações com redução do Imposto de Importação.

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