São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997
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Bebê morre depois de tomar vacina tríplice no interior de SP

DA AGÊNCIA FOLHA EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

O bebê Remerson Glauco Martinelli Lulio, de 4 meses, morreu depois de apresentar reação à vacina tríplice.
O bebê tomou a vacina no Centro de Saúde de Auriflama (570 km de SP) no dia 9 de junho. No dia seguinte, começou a apresentar soluços e salivação excessiva.
Internado no Hospital de Base de São José do Rio Preto cinco dias depois, o bebê morreu no último domingo, depois de complicações como insuficiência respiratória, falta de apetite e alterações do nível de consciência.
Outras 93 crianças tomaram vacina do mesmo lote. Todas tiveram reações normais.
Os resultados da necropsia e de exames de cultura, que poderão indicar se há relação da vacina com a morte, ficam prontos em um mês.
O neurologista infantil José Alexandre Bastos, 48, que cuidou do bebê no hospital, disse que "há uma forte suspeita de que tenha existido uma resposta imunológica anormal da criança em relação à vacina".
Bastos, que é chefe do Serviço de Neurologia Infantil da Faculdade de Medicina, disse que, se ficar comprovado que houve um "acidente alérgico", isso não significa má qualidade da vacina.
O médico teme que o episódio afaste as mães dos postos de saúde. O pai do bebê, Adenor Cesar Lulio, disse que vai processar o Estado. "Isso não vai trazer meu filho de volta, mas pode evitar que o mesmo aconteça com outras crianças", afirmou.

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