São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Mercado é disputado por pelo menos 20 marcas

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro de derivados de tomate -de 300 mil toneladas no ano passado- é disputado hoje por pelo menos 20 marcas.
A Vanden Bergh, divisão de alimentos da Gessy Lever, estima deter com as marcas Cica, Pomodoro, Pic e Pomarola cerca de 35% da venda de atomatados no país.
A Arisco vem em segundo lugar, com 22%, seguida pela Etti (13%), Peixe (5%), Maggi (3%) e outros (22%).
Novas marcas
Há grande expectativa no mercado de derivados de tomate com a entrada no Brasil da Cirio -marca que pertence ao grupo Cragnotti & Partners-, forte na Itália na linha de laticínios, legumes em conserva e também molhos de tomate.
O grupo Cragnotti já anunciou que a marca estará no país até março do ano que vem.
Comenta-se no mercado que a entrada da Cirio no Brasil virá por meio da compra da Peixe, que pertence atualmente ao grupo Odebrecht.
A Folha apurou que a compra da Peixe pela Cirio -que foi adquirida pela Bombril, que também pertence ao grupo Cragnotti- já está praticamente fechada. O anúncio, portanto, deve ser feito só em 1998.
Isso porque o grupo Cragnotti, quando vendeu a Cica para a Gessy Lever, assinou um acordo no qual só poderia voltar ao mercado de alimentos a partir de 1998.
A norte-americana Heimz, que atua no mercado de derivados de tomate, e já tem fábricas em vários países da América Latina, também estuda a sua entrada no país.
Contra-ataque
Os fabricantes de derivados de tomate prometem contra-atacar os novos concorrentes com lançamentos de novos produtos e de novas embalagens.
A Vanden Bergh, por exemplo, informa que investe por ano entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões em lançamentos nessa linha de produtos e vai continuar nesse ritmo. (FÁTIMA FERNANDES)

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