São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997 |
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Bloqueios de caminhões param 60 km em três estradas federais MARCELO OLIVEIRA MARCELO OLIVEIRA; ROGÉRIO GENTILE
Os caminhoneiros autônomos de São Paulo realizaram três bloqueios, de cinco horas cada, e paralisaram as três principais rodovias federais que passam pela capital -Dutra, Fernão Dias e Régis Bittencourt. As paralisações causaram um total de 60 km de congestionamentos nas três vias. O protesto na via Dutra, que começou às 5h15 e terminou às 10h20, foi o estopim para as outras duas paralisações, que começaram simultaneamente, às 6h. Na Dutra (que liga São Paulo ao Rio de Janeiro), a paralisação aconteceu no km 209, na divisa entre Guarulhos e Bonsucesso (Grande São Paulo). O congestionamento atingiu 20 km, 10 km em cada sentido da estrada. Os caminhoneiros entraram a pé na pista para bloquear a estrada. Eles não usaram caminhões nem carros na manifestação. O motorista com destino ao Rio e ao Vale do Paraíba tinha de desviar pela rodovia Ayrton Senna, que registrou lentidão durante o bloqueio na Dutra. A situação nas estradas só começou a se normalizar por volta das 12h, uma hora e meia depois do término dos primeiros bloqueios. Na Fernão Dias (que liga São Paulo a Belo Horizonte), o protesto foi iniciado às 6h e terminou às 10h40. Na Régis Bittencourt, o bloqueio começou no mesmo horário, mas terminou às 11h08. Na Fernão Dias, o bloqueio dos caminhoneiros aconteceu no km 81, na divisa de São Paulo e Guarulhos. Na Régis Bittencourt, o bloqueio foi no km 301, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Na Régis Bittencourt e na Fernão Dias, os congestionamentos atingiram também 20 km de extensão em cada rodovia. A principal reivindicação dos caminhoneiros é a manutenção de sua aposentadoria especial, extinta em outubro de 96 por meio de uma medida provisória. Até então, os caminhoneiros se aposentavam com 25 anos de serviço. Hoje, se aposentam com 35 anos de trabalho, como a maioria das categorias. Perseguição Segundo a Polícia Rodoviária Federal, as manifestações foram tranquilas. Incidentes isolados ocorreram na Fernão Dias e na Dutra. Na Fernão Dias, um grupo de caminhoneiros perseguiu por alguns metros um motorista que furou a paralisação. A Polícia Rodoviária Federal interveio e o motorista pôde seguir viagem. Na Dutra, os manifestantes tentaram agredir um motorista e acabaram arrancando a antena de rádio do caminhão dele. Os três bloqueios foram dispersos após negociação entre Polícia Rodoviária e caminhoneiros. A Polícia Rodoviária Federal não fez uma estimativa de quantos motoristas estiveram envolvidos em cada bloqueio. Os organizadores da paralisação na Dutra disseram que 500 caminhoneiros participaram do protesto. Texto Anterior: Polícia Civil rejeita greve e quer atacar PSDB Próximo Texto: Aposentadoria é motivo de protesto Índice |
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