São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997 |
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Lago Paranoá é fechado para banhos
WILLIAM FRANÇA
O Zoológico de Brasília suspeita que a morte de duas ariranhas e de diversas aves, nas últimas duas semanas, esteja relacionada à presença das algas, uma vez que esses animais foram alimentados pelas carpas e tilápias do lago. Foram localizadas toxinas nas vísceras das ariranhas. Um tipo de alga azul foi o causador da infecção que matou 37 pessoas em Caruaru, a partir de fevereiro de 1996, por infecção da água usada na hemodiálise de pacientes com problemas renais. "Decidimos suspender todas as atividades que envolvem a área contaminada porque ainda não temos a menor idéia dos efeitos que essa alga provoca quando ingerida pelo homem, nem sabemos até que ponto ela é letal ao ser humano", disse Maria Carmem Braga, superintendente substituta de planejamento dos sistemas de água da Caesb (Companhia de Água e Esgoto de Brasília). A presença de algas azuis no lago Paranoá foi identificada pela bióloga Sandra Azevedo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a mesma que identificou a ocorrência das algas em Caruaru. Em Brasília, a toxina está sendo liberada pela Cilindrus permopsis, enquanto em Caruaru a alga era a Microsistis aeroginosa. Segundo a Folha apurou, Sandra fez testes em ratazanas injetando a alga azul encontrada em Brasília e elas morreram em duas horas. A bióloga chega a Brasília na terça-feira para fazer mais exames. A Caesb havia enviado para o Rio amostras da água e dos peixes para os exames iniciais. Desde os anos 70 há algas azuis no lago Paranoá que, nessa época do ano, saem do fundo e passam para a superfície da água. A diferença, dessa vez, é que o fenômeno não se restringiu a alguns dias. Segundo a Caesb, desde o início de maio está sendo identificada a mortandade exagerada de peixes. Texto Anterior: Deputado estadual inspeciona Angra 1 Próximo Texto: Gelo deve ter caído do espaço, diz Unicamp Índice |
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