São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O goleiro que bate faltas

MANUEL MANRIQUE
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

O goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, 24, nunca sonhou em ser jogador de futebol. Aos 12 anos, se preocupava em ser bom aluno, cuidar do cachorro vira-lata "Lulu", brincar de esconderijo e jogar bola.
O futebol foi sua curtição até o dia em que foi convidado para ser o terceiro goleiro da cidade de Sinop (MT) e disputar a primeira divisão estadual. Nesta entrevista, feita na Concentração e Centro de Treinamento (CCT) do São Paulo, Rogério conta como chegou ao clube tricolor, por que começou a chutar faltas e quem lhe ensinou a bater bola.
*
Folhinha - Em que escola você estudou?
Rogério - Nasci no Paraná, onde morei até os 10 anos, e fui para o Mato Grosso. Estudei em várias escolas, a principal foi a Menino Jesus, em Curitiba.
Folhinha - Que tipo de aluno você era?
Rogério - Até a 8ª série fui bom aluno, dos melhores da classe. Tinha facilidade em aprender o que o professor falava e sempre adorei matemática, porque calculava rápido.
Folhinha - Gostava de ler?
Rogério - Não, sempre odiei ler, sempre odiei escrever. Meu forte eram os números.
Folhinha - E as férias?
Rogério -Quando era garoto, morava num prédio que tinha quadra, então a gente jogava, se reunia, batia uma bolinha e brincava. Nunca teve nada de especial nas férias de julho. As viagens eram mais no final do ano, quando a família ia à praia.
Folhinha - Quais eram os outros divertimentos?
Rogério - Sempre gostei de ver filmes. Sou um apaixonado por cinema. Música é outra das minhas paixões.
Folhinha - Como Rogério virou o Rogério de hoje?
Rogério - Até os 14 anos, jogava na linha. Na Associação Atlética do Banco do Brasil, de Sinop, fui goleiro de futebol soçaite (futebol em campo menor, com grama artificial). Quando o time da minha cidade subiu para a primeira divisão estadual, me convidaram para ser o terceiro goleiro. Na terceira rodada, o goleiro titular teve uma contusão. O segundo goleiro entrou, mas quebrou o braço, e eu entrei no time.

Texto Anterior: Dá pra confiar em gente?
Próximo Texto: Foi bom aluno do Telê
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.