São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997 |
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Prefeitura de SP 'afrouxa' na fiscalização
MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
Apesar da presença ostensiva da Guarda Civil Metropolitana, os camelôs que desafiaram a proibição da prefeitura não tiveram problemas para montar suas barracas e comercializar seus produtos. Como os participantes da feira de artesanato do Masp têm licença da prefeitura para vender na Paulista, os outros ambulantes aproveitaram a situação para também montar suas barraquinhas de bijuterias, livros, alimentos, roupas e produtos eletrônicos. A opinião de quem frequenta a Paulista é bastante divergente sobre a presença dos ambulantes. Por um lado, há os admiradores da beleza e da limpeza da avenida sem a presença dos camelôs. Por outro, existem aqueles que têm uma visão mais "social". "A prefeitura não pode virar as costas para um problema socioeconômico", afirma a estudante Patrícia Regina de Moura, 23. "Também somos contra a bagunça e a desorganização, mas a prefeitura simplesmente nos expulsou da avenida sem qualquer contraproposta", alega o ambulante Silvio Rogério dos Santos, 29. Semana dura Durante a semana, cerca de 150 camelôs pararam o trânsito e organizaram manifestações contra a implantação da "Operação Paulista", que consiste na retirada de ambulantes e mendigos da avenida Paulista, além de lavagem e limpeza geral da avenida. Segundo o coronel Wagner Kourrouski, 52, comandante da Guarda Civil Metropolitana, seus homens continuam de prontidão para evitar a volta dos ambulantes. O coronel disse ainda que a ordem do prefeito Celso Pitta é que a avenida Paulista volte a ser o cartão de visitas da capital. "Há uma lei municipal, aprovada no início da gestão Maluf, que proíbe o comércio ambulante na Paulista", afirmou. Apesar da ordem da prefeitura, os guardas-civis que circulavam ontem pela avenida Paulista fizeram "vista grossa" aos camelôs. "Hoje eles são tão poucos que a gente nem percebe se estão mesmo por aí", afirmou um guarda que pediu para não ser identificado. O diretor do Sindicato da Economia Informal, Marcos Gonçalves, afirma que os protestos contra a retirada dos camelôs serão retomados hoje, com uma manifestação no parque D. Pedro (centro), às 8h, na frente do Palácio das Indústrias -sede da prefeitura. Texto Anterior: Associação reúne 7 cidades em SP Próximo Texto: Praça é 'fechada' para público em condomínio de São Paulo Índice |
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