São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997 |
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Praça é 'fechada' para público em condomínio de São Paulo
LUCIANA SCHNEIDER
Isso porque a praça é fechada com grades, possui uma portaria e fica dentro de um condomínio fechado com dez prédios. Além disso, a manutenção do lugar está sendo feita pelos próprios condôminos. Segundo o porteiro Manoel, que não quis se identificar, a praça está aberta há duas semanas para qualquer pessoa, desde que ela se identifique, dando seu nome e endereço. Ele afirmou que foi essa a orientação passada pelos síndicos, para que seja evitada a entrada de "maconheiros" na praça. No entanto, outro porteiro, que também não quis se identificar e que trabalha na entrada da avenida Cotovia, 80, disse que a praça é só para o "pessoal que mora nos prédios". Conforme esse porteiro, o síndico não estava e ele não podia divulgar o número do apartamento dele. Administração Apesar de a entrada está sendo "permitida", a assessoria da Administração Regional da Vila Mariana, depois de ter sido informada da discussão pela Folha, afirmou que o local só será aberto legalmente ao público a partir do dia 1º de agosto, das 7h às 18h. "O horário foi designado para que não entre gente à noite, já que a praça fica dentro de um condomínio fechado", explicou a assessoria. A psicóloga Iara Muzzi, 46, moradora de um dos dez prédios que têm entrada pela avenida Cotovia, 258, disse que ficou sabendo pelo seu filho que a praça pertencia aos prédios. A empregada doméstica Diana dos Santos Barbosa, 18, que trabalha perto do local, disse à reportagem que não sabia que a praça era pública. "Como é que eu poderia adivinhar se ela é toda fechada com grades e tem um porteiro vigiando o tempo todo? Isso é uma falta de respeito." A aposentada Ambrazina da Conceição, 83, também ficou surpresa em saber que ela poderia visitar a praça. Ela mora no bairro há 40 anos. "É sempre bom ter uma praça perto de casa. Dá para andar, esticar as pernas e ver o sol." Embora muitos moradores de Moema e de outras regiões não saibam que podem frequentar a praça, a assessoria da administração regional disse que não haverá divulgação. "A praça já é pública. Não é nossa função ficar divulgando-a. Com o tempo, os moradores ficam sabendo da sua existência", explicou a assessoria. Texto Anterior: Prefeitura de SP 'afrouxa' na fiscalização Próximo Texto: LIVROS JURÍDICOS Índice |
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