São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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Como são montados os consórcios intermunicipais de saúde

1) Prefeitos das cidades que formarão o consórcio (todas próximas entre si) se reúnem para decidir qual será o município sede (onde fica o hospital regional) e qual a forma de contribuição obrigatória que todos terão de dar para manter o consórcio (geralmente parte da verba repassada pelo SUS ou pelo Fundo de Participação dos Municípios)

2) Se nenhuma das cidades do consórcio tiver um hospital público amplo, é preciso ajuda financeira do governo estadual ou federal para construir ou ampliar o hospital, que vai servir de referência para a região

3) Estatuto do consórcio tem de ser registrado em cartório e aprovado pela Câmara de vereadores

4) Além de criar o hospital geral regional, municípios têm de estabelecer quais as outras carências da região para determinar investimentos a serem feitos (construção de um centro de oftalmologia ou de odontologia, por exemplo)

5) São formados três conselhos responsáveis pela administração do consórcio: o de prefeitos (órgão político, define as linhas gerais do consórcio e determina para onde irão os investimentos), o de secretários municipais da Saúde (que executa o que é decidido pelo consórcio de prefeitos) e o conselho fiscal ou curador (formado por vereadores e membros da comunidade, encarregado de fiscalizar a aplicação de recursos)

Como é feito o atendimento no consórcio
1) Quando está com algum problema de saúde, o morador procura o posto da saúde da cidade em que mora

2) Se o médico que o atender avaliar que o paciente precisa ser examinado por um especialista ou passar por exames mais sofisticados, ele pede que a Secretaria Municipal da Saúde marque consulta em algum dos hospitais dos municípios do consórcio que disponham do serviço necessitado

3) O pedido é enviado para a central de marcação de consultas do município-sede para que seja agendada (a espera varia entre 2 e 10 dias)

4) No dia da consulta, uma perua ou ambulância da prefeitura leva todos os moradores daquela cidade para os hospitais onde serão atendidos. Se não dispuser de transporte para voltar, o paciente espera até o último morador ser atendido para voltar com a perua

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