São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997 |
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Exame evita sífilis congênita
DA REPORTAGEM LOCAL Um exame simples e de baixo custo aplicado a uma única amostra de sangue da mãe pode evitar a sífilis congênita em recém-nascidos, doença que, se não for diagnosticada e tratada, pode provocar enfraquecimento dos ossos, surdez e até cegueira na adolescência.Essa é uma das conclusões da tese de mestrado de Claudio Barsanti, 35, apresentada ao Departamento de Infectologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina. O pesquisador aplicou testes de sífilis em mil parturientes e seus bebês nascidos na Casa de Saúde Santa Marcelina, em São Paulo, entre junho de 95 e julho de 96. O resultado revelou a alta incidência de sífilis na população estudada. Foram encontradas 24 mulheres com sífilis e 24 recém-nascidos com sífilis congênita. O contágio sexual e a transmissão da gestante para o bebê são as principais formas de aquisição da sífilis, que é facilmente tratada com penicilina (antibiótico). Como a lesão causada pela sífilis nos órgãos genitais desaparece em duas semanas, muitas pessoas não sabem que têm a doença. Entre as mulheres que têm a doença e não fazem o tratamento são grandes as chances de o recém-nascido ter sífilis congênita. A doença se manifesta apenas na adolescência, quando pode causar até surdez e cegueira irreversíveis. Há uma estimativa de que, por ano, surjam mais de 130 mil casos de sífilis congênita no Brasil. Se uma amostra de sangue da mãe fosse submetida a esse teste, 100% dos casos de sífilis, tanto materna quanto congênita, poderiam ser diagnosticados e tratados, concluiu o pesquisador em sua tese. Texto Anterior: Universidades gratuitas Próximo Texto: Cidade faz mais cirurgias do que Estado Índice |
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