São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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Prejuízo na primeira edição chegou a US$ 600 mil

EMANUEL NERI
DO ENVIADO ESPECIAL

O que leva um grupo de empresários a investir em um projeto, mesmo sabendo que terão prejuízos? Ronaldo Maiorana, do grupo Bis, de Belém, um dos organizadores do Carnabeach, diz que é apenas a certeza de que o prejuízo será recuperado mais adiante.
O Carnabeach gerou um prejuízo de US$ 600 mil aos dois empresários que bancaram a festa -o outro é Pedro Coelho, do grupo Siriguella, de Fortaleza. Foi mais do que os US$ 400 mil previstos inicialmente pelos dois.
"Já prevíamos isso. No primeiro ano, os patrocínios eram muito pequenos. Empresários americanos não acreditavam no evento."
A micareta em Miami teve enormes despesas. As carrocerias dos trios elétricos, por exemplo, foram transportadas de navio entre Vitória e Nova Orleans -depois foram levadas de trem até Miami.
A pouca venda de ingressos e de abadás -o kit para as pessoas participarem dos blocos- também contribuiu para o prejuízo. Os organizadores esperavam contar com 60 mil pessoas nas arquibancadas nos dois dias de Carnaval.
Menos de 10 mil pessoas passaram pelas catracas das arquibancadas e camarotes. Esperava-se a venda de 6.000 abadás -foram vendidos 2.100. Os americanos não quiseram pagar US$ 110 para pular atrás dos trios elétricos.
Os americanos que foram ao Carnabeach preferiram pular atrás das cordas do esquema de segurança que cerca os blocos. A venda de bebida e comida também ficou abaixo do previsto.
"Mas, mesmo assim, valeu a pena", diz Maiorana. "Sabíamos do risco e trabalhamos muito para amenizá-lo." Para 98, ele já prevê lucro -ainda que pequeno.
(EN)

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