São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997 |
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PF aguarda laudo para concluir investigação
DA REPORTAGEM LOCAL A Polícia Federal de São Paulo aguarda apenas a divulgação do laudo final do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), órgão do Ministério da Aeronáutica, para concluir as investigações a respeito da explosão do Fokker-100 da TAM ocorrida no último dia 9.O CTA está analisando há 19 dias partes da fuselagem do avião. Um oficial da aeronáutica afirmou ontem que os peritos devem concluir que foi uma bomba que causou o acidente no interior da aeronave e provocou a morte do empresário Fernando Caldeira de Moura, expelido para fora do aparelho a mais de 100 km por hora a uma altitude de 2.400 metros. As análises do CTA irão confirmar o que os peritos do IC (Instituto de Criminalística da Polícia Civil) descobriram há duas semanas: que a explosão foi provocada por um artefato de nitrato de amônia acionado por um detonador de stifinato de chumbo. Para a Polícia Federal, está quase certo que o responsável pela explosão foi o professor Leonardo Teodoro de Castro, que permanece internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Paulo. Ontem, segundo o hospital, Castro teve "discreta melhora". Descartando hipóteses O delegado da PF Leandro Coimbra está em Vitória (ES) para ouvir os depoimentos de 12 funcionários da TAM e 3 da Sata (Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo). Os passageiros que moram na cidade também devem depor. A previsão da PF é que até o final da semana todos sejam ouvidos. Estão confirmados os depoimentos de três recepcionistas da TAM: Andréa Alves Machado, Geane Spinasse e Miriam Almeida Jacomim. Dois mecânicos, identificados apenas por Colares e Roberto, e o despachante Edmilson Mineli também serão ouvidos. A PF ouvirá ainda seis funcionários da comissaria, área responsável pela limpeza. São eles: Flávio Henrique Fiorentini, Flávio Passos Gomes, Marcos Antonio Anacleto de Freitas, Robert Eduardo Sobrinho, Anderson Leal Ferreira e Marcos Mendes da Silva. Os funcionários da Sata que serão ouvidos são: Maximo Jacomim, Carlos Magno Fávaro e Rogério Bento. O objetivo desses depoimentos, segundo a Folha apurou, é buscar elementos que descartem de vez ou confirmem a hipótese de que o explosivo poderia ter sido "plantado" (colocado intencionalmente) no avião antes de ele decolar para São Paulo. A PF, que quer concluir o inquérito até o dia 8 de agosto, já começa a considerar essa possibilidade remota. Texto Anterior: Empresários fazem operação anticamelô Próximo Texto: PF ouve 4 testemunhas em Vitória Índice |
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