São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Israel debate se intifada é guerra

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Parlamento israelense se prepara para votar uma lei que transforma a revolta palestina contra a ocupação, a intifada, em uma guerra. Isso implicaria principalmente mudança no pagamento de indenizações.
Analistas acham que a lei deve passar facilmente em primeiro turno, provavelmente hoje. São necessários três turnos de votação para a aprovação.
Se a lei for aprovada, o Estado de Israel não pode mais ser considerado responsável por danos contra os palestinos. Na prática, dizem ativistas contra a lei, isso significa "um roubo às vítimas", conforme slogan que cerca de 30 deles gritavam durante manifestação em frente ao Parlamento, ontem.
A intifada começou em dezembro de 1987, mais de 20 anos depois de Israel ocupar a Cisjordânia e a faixa de Gaza. Atirar pedras contra soldados e colonos judeus era a principal atividade da resistência palestina. A assinatura dos acordos de paz de 1993 conteve a revolta.
Um porta-voz do governo, Moshe Fogel, disse que a intifada precisa ser tratada como uma guerra porque os soldados encontraram "um população beligerante" e "esquadrões terroristas".
Durante a intifada, Israel matou 1.206 palestinos. Os palestinos mataram 179 israelenses. Os 4.000 pedidos de indenização de árabes contra o Estado de Israel somam dezenas de milhões de dólares, segundo o Ministério da Justiça israelense.

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