São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Tucano quer Motta na campanha de FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Arnaldo Madeira (SP), vice-líder e vice-presidente do PSDB, disse ontem que "não há hipótese" de o ministro Sérgio Motta (Comunicações) ser excluído da coordenação da campanha eleitoral do presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC deverá disputar a reeleição em 1998.
"É bobagem imaginar que o Sérgio Motta vai ficar fora da campanha. É não conhecer o presidente, o Sérgio Motta e o PSDB", afirmou Madeira.
Segundo ele, Motta é uma pessoa da confiança do presidente e com prestígio no PSDB.
Depois das declarações publicadas na semana passada, em que Motta critica aliados, o PFL não quer a participação do ministro na coordenação da campanha presidencial.
As declarações de Motta causaram uma crise na base governista. O líder do governo, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), chegou a entregar o cargo, mas voltou atrás, depois que o presidente fez um pronunciamento desautorizando o ministro.
'Mundo da Lua'
O líder do PFL no Senado, Hugo Napoleão (PI), afirmou anteontem que o ministro poderia dizer "coisas inadequadas".
Para o senador, por ser amigo de FHC, Motta não deveria participar da campanha para não criar "confusão".
"O senador está no mundo da lua", disse Madeira. Na opinião do deputado, Motta não fala coisas inadequadas: "Ele pode cometer excessos, mas reflete o que o partido pensa".
O tucano afirmou que Motta é um dos políticos com maior experiência na coordenação de campanha eleitoral.
"Pode até ser criado um conselho político para comandar a campanha, mas na hora da decisão, o Sérgio Motta é fundamental", disse o deputado paulista.
Segundo Madeira, a cúpula do PSDB ainda não está discutindo quem será o substituto do senador Teotonio Vilela (AL) na presidência do partido.
"O Sérgio Motta é uma hipótese, mas ainda não estamos mexendo com isso. É muito cedo", afirmou Madeira.
A eleição da nova direção tucana deve ocorrer em fevereiro no próximo ano.

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