São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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'Não cedemos às pressões'

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da SPTrans, Francisco Christovam, disse ontem que o prefeito não cedeu às pressões dos empresários. SPTrans (São Paulo Transporte) é a empresa municipal que gerencia o transporte por ônibus na cidade.
"Isso não ocorreu. O prefeito havia prometido manter a remuneração em R$ 0,90 nos meses de maio, junho e julho, o que, de fato, ocorreu", afirmou o presidente.
Segundo Christovam, Pitta não havia dito que a remuneração continuaria nesse valor a partir do mês de agosto.
Nesses meses, como as empresas não estavam aceitando o proposto por Pitta, a prefeitura estava repassando R$ 0,85 por passageiro (apesar de a passagem custar R$ 0,90).
O presidente da SPTrans disse que a prefeitura vai pagar, nos próximos três meses, a diferença retroativa.
O secretário dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, confirmou ontem que o novo valor da remuneração vale por 90 dias. "Depois, vamos ter de fazer novas reuniões", afirmou.
Toledo diz que não haverá aumento da passagem. "As empresas vão ter de apresentar um plano para a redução do custo do sistema", disse.
Assessores políticos do prefeito dizem que ele não saiu derrotado do episódio. A avaliação dos assessores é que Pitta conseguiu evitar mais uma greve no setor e ainda manteve um pagamento (R$ 0,97) inferior ao custo do sistema (R$ 0,98, segundo a planilha oficial).
Pitta não comentou ontem, em entrevista, o assunto.

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