São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo cria cadastro único de reações adversas a vacinas
BETINA BERNARDES
Até o momento, o Ministério da Saúde não dispunha de um mecanismo confiável e capaz de fornecer dados precisos sobre as reações provocadas pelas vacinas. "O INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) dizia que a vacina não funcionava, e nós não podíamos avaliar se as reações estavam acima do aceitável ou não", disse o ministro da Saúde, Carlos Albuquerque. Segundo padrões internacionais, há 1 reação em cada 2.000 doses de vacina ou até 1 em cada 30 mil doses. No Brasil, a notificação é que há 1 em cada 130 mil doses, o que mostra uma notificação falha. Treinamento O ministério, com a colaboração da Sociedade Brasileira de Pediatria, vai treinar, até o final de setembro, 90 pediatras e técnicos que vão implantar uma ficha para a notificação de reações adversas. Se houver uma reação, ela será imediatamente comunicada à secretaria estadual da Saúde, que vai avaliar se a reação tem relação com a vacina e comunicar ao ministério. As vacinas poderão ser retiradas do mercado. O ministério vai distribuir um guia indicando aos profissionais as reações esperadas, o que é normal ou não após a vacina e os procedimentos a serem adotados. O governo compra, em média, 190 milhões de doses de vacinas por ano. Os testes das vacinas eram feitos exclusivamente pelo INCQS. Agora, o Instituto Adolfo Lutz (SP), o Evandro Chagas (PA) e o Laboratório Central de Pernambuco também farão os testes. Texto Anterior: Sindicato denuncia falta de médicos em SP Próximo Texto: Artista plástica é morta no Morumbi Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |