São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Artista plástica é morta no Morumbi

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A artista plástica Hermine Toth, 73, foi assassinada a facadas e teve seu corpo incendiado.
O crime aconteceu por volta das 18h de anteontem, na casa onde Hermine vivia, na rua Horácio Bandieri, no Morumbi (zona sudoeste de São Paulo).
Hermine, que era austríaca e vivia no Brasil havia 45 anos, foi encontrada morta pelos bombeiros, chamados por vizinhos que viram fumaça saindo da casa.
A polícia acredita que ela tenha sido morta por assaltantes, pois, segundo a família, vários objetos de valor desapareceram da casa.
Um jardineiro que trabalhava na casa é o principal suspeito. Seu nome não foi divulgado pela polícia.
Incêndio
A empresária Nádia Luzia Vicci Conte, vizinha de Hermine, chamou os bombeiros por volta das 17h30, quando viu muita fumaça na casa da austríaca.
Quando os bombeiros chegaram, encontraram a artista plástica caída entre a sala e a cozinha. Segundo a delegada Vânia Louzada, do 34º DP (Morumbi), o corpo estava parcialmente carbonizado. Ao redor dele, havia muito sangue.
"Não havia vestígios de incêndio em outros cômodos da casa, o que leva a crer que foi mesmo assassinato, e não morte acidental", afirmou a delegada.
Sobre um móvel da copa, a delegada encontrou uma faca de churrasco suja de sangue, que teria sido usada no crime.
Segundo Vânia, não havia sinais de luta na casa, mas as gavetas dos móveis da sala estavam abertas e desarrumadas.
A advogada Débora Barbosa Toth Sydeow, 43, filha de Hermine, declarou que vários objetos de valor foram roubados após a morte de sua mãe.
Segundo ela, os responsáveis pela morte levaram jóias, talões de cheques, cartões de banco e de crédito, dinheiro e um revólver que Hermine possuía.
Além disso, um dos quatro cachorros que a artista plástica tinha, um husky siberiano, desapareceu da casa após o crime. A coleira do cachorro foi encontrada ao lado do corpo de Hermine.
Exposições
A artista plástica Hermine Toth, nascida em Viena (Áustria), morava havia 25 anos na casa onde foi assassinada. Desde que seu marido morreu, em 94, ela vivia sozinha.
Formada pela Escola de Belas Artes de Viena, sua última exposição aconteceu no Jockey Clube de São Paulo, no início do ano.
O corpo de Hermine deve ser cremado hoje no crematório de Vila Alpina (zona sudeste).

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