São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Sem guardas, Paulista vai ser invadida, dizem camelôs

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os camelôs da Paulista prometem voltar para a avenida, caso vingue a proposta do secretário das Administrações Regionais, Alfredo Mário Savelli, para que seguranças contratados pelos prédios tomem conta das calçadas, no lugar dos guardas metropolitanos.
Segundo anunciou o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Wagner Kowrrouski, apenas quatro carros ficarão fixos na avenida a partir próxima semana.
"Saindo a GCM, a Paulista vai ser invadida", disse Marcos Antonio Maldonado, líder informal dos camelôs, que inicia greve de fome hoje, com mais três ambulantes.
Os camelôs farão novo protesto hoje. Maldonado anunciou que os ambulantes levarão seus filhos para uma concentração no Masp e caminhada em direção à Cúria Diocesana, em Higienópolis, para pedir apoio oficial da igreja.
A manifestação vai passar, em silêncio, pela rua Maranhão, em frente ao prédio do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Será o silêncio do trabalhador diante da situação de desemprego no país."
O economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo -entidade que, segundo Savelli, ajudaria na criação de 600 vagas no mercado formal para os camelôs- disse que existe empenho para colaborar, mas que os empresários não são obrigados a criar as vagas.
(MO)

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