São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Tchetchênia suspende contatos com Rússia

Serão mantidas relações no alto escalão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Tchetchênia, Aslan Maskhadov, suspendeu todos os contatos entre seus ministros e autoridades russas, em uma tentativa de acelerar a liberação de fundos pela Rússia.
"As viagens de ministros para Moscou estão suspensas até que seja assinado plano de reconstrução da Tchetchênia", disse Kazbek Khadjiev, porta-voz de Maskhadov. Mais tarde, porém, segundo a agência russa "Interfax", o porta-voz disse que contatos de alto nível seriam mantidos.
Nas próximas semanas, Movladi Udugov, primeiro vice-premiê, deve ir a Moscou para reunião com Ivan Ribkin, secretário do Conselho de Segurança da Rússia.
A república separatista da Tchetchênia foi devastada na guerra que travou por quase dois anos contra as forças russas. Em agosto de 1996, em um acordo de paz que pôs fim às agressões, a Rússia se comprometeu com a reconstrução da ainda hoje república. As discussões sobre o status da Tchetchênia foram adiadas para o ano 2000.
Sem comentar os movimentos do presidente tchetcheno, o governo russo era criticado por suas últimas decisões. O presidente Boris Ieltsin transferiu a Viktor Tchernomirdin, primeiro-ministro, o controle dos contratos estrangeiros da empresa estatal de exportação de armas Rosvoorujenie.
Os jornais acusam a empresa de vender armas ilegalmente e de desviar dinheiro para a campanha de reeleição de Ieltsin em 1996.
As críticas ao governo de Boris Ieltsin não se limitam a suas decisões sobre o destino da ainda estatal Rosvoorujenie. Vários meios de comunicação atacaram altas autoridades por irregularidades na privatização de um quarto da companhia estatal telefônica.
Segundo o governo, porém, as empresas de comunicação que atacaram o governo são as mesmas que apoiaram Ieltsin em sua campanha eleitoral. As críticas se iniciaram quando Boris Nemtsov, vicê-premiê, prometeu acabar com os privilégios desses empresários junto ao governo.

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