São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Déficit de julho chega a US$ 610 milhões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O déficit comercial de julho -medido até anteontem- alcançou US$ 610 milhões, superando as estimativas do saldo negativo do mês. Faltaram apenas os dados de ontem -que puderam ser registrados até as 23h59- para o governo fechar as contas de julho.
As importações tendem tradicionalmente a se concentrar nos últimos dias do mês. Anteontem, por exemplo, os desembarques de mercadorias foram de US$ 316 milhões e as exportações totalizaram apenas US$ 191 milhões.
O resultado negativo superior a US$ 600 milhões em julho ofusca as expectativas mais otimistas da equipe econômica, que previa acomodação na balança comercial no segundo semestre deste ano.
O déficit acumulado nos primeiros sete meses deverá superar US$ 5,32 bilhões. No mesmo período do ano passado, alcançou US$ 646 milhões.
Para o ano, a Secretaria de Política Econômica trabalha com a estimativa de mercado, que atualmente aponta déficit comercial de cerca de US$ 11 bilhões.Esse resultado depende, porém, da confirmação da tendência de diminuição do crescimento das importações -principalmente das compras externas destinadas à formação de estoques para o final do ano e de bens de capital.
A primeira redução seria provocada pela decisão do governo de restringir o financiamento às importações. Para o final do ano, essa medida deverá conter as compras externas de bens de consumo.
A outra diminuição teria como motivo a decisão do governo de antecipar a eliminação parcial da lista de ex-tarifários -cerca de 3.600 máquinas e equipamentos que tinham isenção de Imposto de Importação. Como a eliminação era esperada para o final do ano, os importadores se preparavam para antecipar, nos últimos meses, as compras externas que fariam em 1997. Na sexta-feira passada, o governo barrou essa possibilidade.

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