São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Manufaturado exporta pouco

CLÁUDIA PIRES
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento das exportações de produtos manufaturados ainda deve ser reduzido durante o segundo semestre deste ano, de acordo com exportadores brasileiros ouvidos ontem.
Nos dois últimos meses, alguns produtos manufaturados apresentaram alguma recuperação nas exportações, como veículos, calçados, aviões e cigarros.
Mas para Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Silex Trading, esse aumento é pouco significativo ao se analisar o total das exportações do semestre.
"Os produtos básicos ainda estão puxando as exportações. Se houve alguma retração no mercado interno, ainda é irrelevante."
Para o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, as exportações brasileiras também estão sendo prejudicadas pela crise cambial nos mercados europeus e no Sudeste Asiático.
"Nossos produtos ficaram mais caros nessas regiões, o que afeta muito nossa competitividade."
Pratini de Moraes também acredita que a retração do consumo de manufaturados é pequena. "Houve uma redução do consumo de eletrodomésticos e veículos, por exemplo, mas esses setores são pouco representativos quando observamos o total do semestre."
Segundo Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração do Grupo Sadia, houve um esforço para reduzir custos e melhorar a competitividade. Mas ele concorda que o setor que mais alavanca vendas externas ainda é o de produtos básicos ou semi-elaborados. "Essa tendência deve continuar no segundo semestre."

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