São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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CNI prevê que a indústria cresce menos

DA REPORTAGEM LOCAL

A recuperação da atividade industrial em junho não deverá manter-se neste segundo semestre, conforme a (CNI) Confederação Nacional da Indústria.
Dados divulgados ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) indicam um crescimento da atividade da indústria paulista de 3,9% em junho em relação a maio.
O aumento foi sustentado principalmente pelos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos) e de telecomunicações e energia, por conta das privatizações.
Esse bom desempenho, conforme a CNI, tende a ser anulado, porém, pela queda de consumo de bens duráveis, especialmente eletroeletrônicos, e semiduráveis, como roupas e calçados.
"Há uma forte desaceleração econômica nessas áreas, o que indica o fim do ciclo de recuperação baseada no crédito ao consumidor", afirma José Guilherme Reis, chefe do Departamento Econômico da entidade.
Em junho, por exemplo, as vendas de bens de consumo eletroeletrônicos tiveram queda de 9,6%, de acordo com números da Eletros (associação das indústrias do setor). Para Guilherme Reis, as perspectivas deste segundo semestre são de uma evolução moderada da atividade econômica. "A estabilidade da renda do trabalhador e a inadimplência alta devem continuar atuando como freio à expansão do consumo", diz.

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