São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Breda traz a SP texto de Fernando Abreu
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
O ator, amigo pessoal de Abreu -morto em decorrência da Aids, em fevereiro do ano passado-, teve o primeiro contato com o texto logo após a finalização, em fevereiro de 94. "É uma tragicomédia, pois mostra a vontade de transformar a realidade e, ao mesmo tempo, a incapacidade de fazer isso", conta Marcos Breda. O monólogo apresenta quatro personagens, que Abreu identificou com as babouschkas -bonecas russas, que saem uma de dentro das outras. Cada um deles apresenta uma crise, que será sanada com a morte do último, Dom Quixote de la Mancha. "Assim como o de Cervantes, esse Quixote é um sonhador escapista que, ao morrer, desencadeia a capacidade de lidar com a realidade nos outros quatro homens", diz o ator. Um dos personagens é um neurótico que procura uma mancha -imaginária ou não-, fazendo uma metáfora à Aids. "Abreu não sabia, quando escreveu o texto, que era soropositivo. Creio que foi uma sublimação do medo, do fantasma", analisa Breda. Peça: O Homem e a Mancha Onde: teatro Ruth Escobar - sala Miriam Muniz (r. dos Ingleses, 209, tel. 289-2358) Quando: de hoje a 28/9; sex. e sáb., às 21h; dom, às 20h Quanto: R$ 15 Texto Anterior: 'A Sauna' revela Oscarito e Grande Otelo de saias Próximo Texto: Nanini e Celulari celebram as coincidências Índice |
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