São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Viscardi sola no Municipal

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O flautista italiano Giulio Giannelli Viscardi, 33, é o solista do concerto da Orquestra de Câmara da União Européia, dia 21, no Teatro Municipal, na série do Mozarteum Brasileiro.
Será a primeira apresentação de Viscardi em São Paulo. Na temporada 89/90, o flautista tocou no Rio de Janeiro, com a Orquestra da Rádio MEC.
Desta vez, a turnê brasileira será ampla, incluindo, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Viscardi começou a estudar flauta aos sete anos. Sua discografia é formada por três CDs, com obras de compositores italianos do período barroco.
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Folha - Qual sua relação com a Orquestra de Câmara da União Européia?
Giulio Giannelli Viscardi - Nos apresentamos juntos com frequência. Lançaremos, em maio, pelo selo inglês Pickwick, um disco com concertos para flauta de autores barrocos italianos: Albinoni, Galuppi e Pergolesi.
Folha - Você se dedica bastante à música barroca. Tem alguma afinidade com a escola de instrumentos de época?
Viscardi - Não. Procuro tocar meu instrumento moderno de maneira consciente. Também interpreto bastante o repertório dos séculos 19 e 20, e acho que boa música pode ser feita com qualquer instrumento. Já ouvi uma partita para violino solo de Bach ser tocada em uma marimba -e o resultado foi muito bom.
Folha - No Brasil, você vai tocar o pouco conhecido "Concerto para Flauta nº 1", de Saverio Mercadante...
Viscardi - Mercadante foi um contemporâneo de Paganini que se dedicou basicamente à ópera, tendo influenciado bastante Rossini nesse aspecto. Seus quatro concertos são muito virtuosísticos, influenciados pela escrita vocal e estão entre as raras obras instrumentais italianas de qualidade do século 19.

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