São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Viscardi sola no Municipal
IRINEU FRANCO PERPETUO
Será a primeira apresentação de Viscardi em São Paulo. Na temporada 89/90, o flautista tocou no Rio de Janeiro, com a Orquestra da Rádio MEC. Desta vez, a turnê brasileira será ampla, incluindo, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Viscardi começou a estudar flauta aos sete anos. Sua discografia é formada por três CDs, com obras de compositores italianos do período barroco. * Folha - Qual sua relação com a Orquestra de Câmara da União Européia? Giulio Giannelli Viscardi - Nos apresentamos juntos com frequência. Lançaremos, em maio, pelo selo inglês Pickwick, um disco com concertos para flauta de autores barrocos italianos: Albinoni, Galuppi e Pergolesi. Folha - Você se dedica bastante à música barroca. Tem alguma afinidade com a escola de instrumentos de época? Viscardi - Não. Procuro tocar meu instrumento moderno de maneira consciente. Também interpreto bastante o repertório dos séculos 19 e 20, e acho que boa música pode ser feita com qualquer instrumento. Já ouvi uma partita para violino solo de Bach ser tocada em uma marimba -e o resultado foi muito bom. Folha - No Brasil, você vai tocar o pouco conhecido "Concerto para Flauta nº 1", de Saverio Mercadante... Viscardi - Mercadante foi um contemporâneo de Paganini que se dedicou basicamente à ópera, tendo influenciado bastante Rossini nesse aspecto. Seus quatro concertos são muito virtuosísticos, influenciados pela escrita vocal e estão entre as raras obras instrumentais italianas de qualidade do século 19. Texto Anterior: CDExpo pode sofrer blitz contra pirataria Próximo Texto: Fuentes vê Machado de Assis como "nosso maior novelista" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |