São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Em reforma, Pinacoteca põe Camille Claudel no Ibirapuera

DA REPORTAGEM LOCAL

As reformas na Pinacoteca do Estado, fechada ao público desde 22 de junho, obrigaram à transferência da exposição das obras da escultora francesa Camille Claudel. A mostra ocorre agora no pavilhão Manoel da Nóbrega, no Ibirapuera. A abertura será em 2 de setembro.
A terceira etapa das reformas, no eixo central do museu, estava prevista para terminar a tempo da exposição de Claudel. Mas, segundo a assessoria de imprensa da Pinacoteca, as obras tomaram um volume maior e não haverá condições de manter o museu aberto.
Com isso, a Pinacoteca deve ser entregue reformada e aberta ao público no dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo.
A exposição, que vai até 7 de dezembro, terá 43 esculturas de Claudel -discípula e amante do escultor Auguste Rodin-, dois quadros a óleo, quatro desenhos e manuscritos de duas cartas que a escultora escreveu a dois primos, uma logo antes e outra depois de Claudel ter sido internada em um hospital psiquiátrico no sul da França.
Claudel morreu aos 80 anos, em 1943, depois de passar 30 anos internada.
As obras que vêm para o Brasil são quase todas de coleções particulares. Uma exceção vem do museu Sainte-Croix, em Poitiers, na França. É "Níobe Ferida", de 1906, última escultura de Claudel que se tem notícia, segundo a assessora para exposições internacionais da Pinacoteca, Regiane Rykovsky.
As obras são todas de pequeno porte, com exceção de "Perseu e Medusa", de 1901, esculpida em mármore, que tem 1,96 metro de altura. Há peças em mármore, bronze e algumas com detalhes em ônix.
Paralelamente à exposição, serão realizados ciclos de filmes e debates com o tema "Paixão e Loucura".

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