São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Êxito omitido; Outros padrões; Resultado reconfortante; Aproveitando a chance; Sangue demais; Nobel; Repulsa; Quebra da estabilidade; Coerência Êxito omitido "Causou-nos profunda estranheza o editorial 'Congresso reprovado' (29/7), sem qualquer alusão ao êxito obtido pelo Senado Federal na condução dos seus trabalhos durante a última convocação extraordinária, quando foram aprovadas 23 matérias da maior relevância para a vida do país." Fernando César Mesquita, diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado (Brasília, DF) Outros padrões "Li na Folha de 26/7 que o presidente acha que as manifestações em todo o país, ocorridas no dia anterior, atrapalham a democracia! Na visão do presidente, a democracia brasileira se fortalece é com o massacre dos sem-terra, com os R$ 20 bilhões para os banqueiros ricos e impunes, com o grande contingente de desempregados, com a venda do nosso patrimônio, com a compra de deputados da sua própria base para votar a reeleição, legislando com as famigeradas medidas provisórias, com o abandono total da saúde e educação de nosso povo, com a corrupção dos precatórios, com a mídia e Congresso subservientes e com o 'é dando que se recebe' mais deslavado e generalizado que já se viu." Luiz Greco, da Cives -Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania (São Paulo, SP) Resultado reconfortante "Se, de um lado, os resultados da pesquisa Datafolha, publicados em 27/7, são preocupantes e sinalizam no sentido de corrigir, de ajustar e de melhorar a atuação da Polícia Militar, de outro são altamente reconfortantes quando constatamos que -apesar dos deletérios e massacrantes efeitos de intensa campanha de desmoralização e de descrédito que se desenvolve contra a corporação- 40% da população brasileira ainda demonstra mais confiança do que medo e 70% atestam, em maior grau ou menor grau, a sua eficiência no combate e prevenção ao crime." Geraldo de Menezes Gomes, coronel, presidente do COPM -Clube dos Oficiais da Polícia Militar (São Paulo, SP) Aproveitando a chance "Por uma infeliz coincidência, neste último dia 30 tivemos pela quinta vez nosso veículo furtado. Seria possível que o dr. Tuminha e sua eficiente polícia nos ajudassem a encontrá-lo?" Fernando Borges (São Paulo, SP) Sangue demais "Estou indignada com as fotos, ensanguentadas, que ilustram o jornal de 31/7. Estarei assinando o 'Notícias Populares'?" Luiza Vaccaro (São Paulo, SP) * "Fiquei bastante chocado com a foto de um coronel PM ensanguentado, que a Folha estampou na primeira página de 30/7. Mas ela foi 'café pequeno' perto da foto de 31/7, do atentado em Israel. O que a Folha está pretendendo? Banalizar a violência?" Ary Handler (São Paulo, SP) Nobel "Na Folha de 20/7, se noticia que d. Hélder não foi agraciado com o Prêmio Nobel como resultado de pressão do governo brasileiro, por meio da embaixada em Oslo. Substituí nessa embaixada meu colega e amigo Jaime de Souza-Gomes, em 1974, de modo que posso testemunhar que a história acima contada não corresponde exatamente ao que ocorreu. Souza-Gomes certamente atribuía a seus esforços o fato de não ter o arcebispo itinerante de Recife e Olinda recebido aquele prêmio. Na verdade, o responsável foi o então rei da Noruega, Olavo, que por ser muito amigo do Brasil teria exercido alguma pressão sobre o Comitê Nobel. O principal motivo, no entanto, foi a candidatura de Willy Brandt. Ele possuía melhores títulos do que o arcebispo itinerante. O Comitê Nobel é parte do Parlamento norueguês e era este dominado pelo Partido Trabalhista, que, naturalmente, favorecia Brandt." José Osvaldo de Meira Penna, embaixador aposentado (Brasília, DF) Repulsa "O editorial 'Ameaça de anarquia' (24/7) é, no mínimo, repulsivo. Sinto-me envergonhado de assinar este jornal. Apoio aos sem-terra, o próprio Datafolha concluiu, é dado pela maioria dos brasileiros. Percebe-se, portanto, que o editorialista está andando na contramão da opinião pública. Mas o pior é considerar um movimento reivindicatório como 'incitação à baderna'. Aí é demais para a inteligência do leitor. Quando a polícia barbariza, como em Corumbiara e Eldorado do Carajás, está mantendo a ordem. Quando apóia uma ação do MST, sem apelar para a violência, aí é 'incitação à baderna'." Mário Lopes Amorim (Curitiba, PR) Nota da Redação - De uma instituição que tem como atribuições a defesa da ordem pública e a segurança dos cidadãos não se pode tolerar que promova ou incite greves. Em relação aos episódios de Corumbiara e Eldorado do Carajás, a Folha os repudiou com veemência, conforme se lê nos editoriais "Taxar a terra improdutiva" (12/8/95), "Tragédia vergonhosa" (19/4/96) e "Massacre" (20/4/96). Quebra da estabilidade "Vimos estampados nos jornais: rostos sorridentes, mãos dadas e muita euforia comemorando a queda da estabilidade do servidor público. Só que os rostos e as mãos são de pessoas que, consoante os noticiários, legislam em causa própria. Preparemo-nos para o pior, pois que doravante, a cada legislatura, a cada mudança de governo, teremos levas de demitidos e levas de novos admitidos." Geraldo Sérgio Gonçalves (Belo Horizonte, MG) Coerência "Sobre o artigo 'Crise de autoridade', de Jair Bolsonaro (26/7): a máquina do governo pode maquiar a inflação, omitir o desemprego, a miséria, a fome, a corrupção, a compra de votos, porém não poderá encobrir a coerência do nosso 'querido' presidente. Posso afirmar que, se há homem coerente, esse sem dúvida é o presidente. Coerente com os desmandos, abusos e truculência do seu sócio Serjão; coerente com o seu espírito fascistóide escondido numa roupagem de cordeiro para apresentar-se como 'tudo pelo social' e colher os dividendos." Nelson Caetano Fonseca (Praia Grande, SP) Texto Anterior: O chupa-cabra Próximo Texto: ERRAMOS Índice |
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