São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997 |
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Zona Franca fecha 7 mil postos de trabalho
SÉRGIO LÍRIO
O principal motivo dessa redução foi a estabilização do consumo de eletroeletrônicos no país, segundo o Cieam. Sem a manutenção do ritmo de consumo, cresceram os estoques das empresas, que foram obrigadas a reduzir o ritmo da produção. O presidente do Cieam, Cristovão Marques, estima que só o estoque de TVs na Zona Franca seja de 1,5 milhão de aparelhos. Em 96, o consumo de televisores no país foi de cerca de 9 milhões de aparelhos. Neste ano, diz Marques, não deve chegar a 8 milhões. Segundo ele, as empresas de eletroeletrônicos, as grandes empregadoras da região -cerca de 27 mil empregos diretos-, estão reduzindo a produção em 50%. Apesar dos incentivos fiscais da Zona Franca, Marques culpa o "custo Brasil" pelo problema. Para ele, a culpa da queda no consumo está no excesso de impostos, na falta de infra-estrutura e na política de estabilização. "O Brasil precisa estimular o crescimento. E isso só acontece quando os custos de produção forem reduzidos." O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus, Washington Pereira, acredita que o crescimento do desemprego na Zona Franca não é só um problema de queda no consumo de eletrônicos. Texto Anterior: Não à desnacionalização Próximo Texto: Abertura econômica afeta economia local Índice |
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