São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Balança comercial sofre efeito colateral

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os movimentos das moedas japonesa e alemã foram sentidos no desempenho da balança comercial durante o primeiro semestre, que fechou com déficit acumulado de US$ 4,71 bilhões.
No período, as importações japonesas totalizaram US$ 1,776 bilhão, o que significa elevação de 48,72% em comparação com o primeiro semestre de 1996.
O aumento da oferta de produtos japoneses no mercado brasileiro foi bem maior que o do total das compras externas efetuadas pelo país no período, de 27,06%.
As exportações brasileiras para o Japão, entretanto, seguiram o rumo contrário. Caíram 2,78% em relação ao primeiro semestre de 1996 e chegaram a US$ 1,467 bilhão. A queda ocorreu no mesmo período em que os embarques totais brasileiros avançaram 8,23%.
Com a Alemanha, as perdas foram mais brandas -até porque a desvalorização do marco é mais recente que a do iene. Mas preocupa o déficit no comércio bilateral, da ordem de US$ 1,152 bilhão.
As importações de produtos alemães aumentaram 16,38% no primeiro semestre, mas foram mais expressivas em montante que as japonesas. Somaram US$ 2,398 bilhões no período.
O crescimento, portanto, ficou abaixo do verificado no total das compras externas. As exportações, por sua vez, chegaram a US$ 1,246 bilhão e apontaram aumento de 31,85% em relação ao primeiro semestre de 1996.
A piora do comércio com Alemanha e Japão foi parcialmente compensada pelo aumento de 3,45% das exportações aos EUA e de 31,06% para a Argentina.
(DCM)

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