São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997 |
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Líder palestino apela aos EUA
CLÓVIS ROSSI
"A intervenção dele é necessária nessas circunstâncias, mais do que em qualquer outro momento, como a única maneira de sair da crise em que mergulhou o processo de paz." Arafat estava no Cairo, para se encontrar com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, um dos incentivadores do processo de paz na região. Para o líder palestino, a ação de Clinton é necessária para convencer Israel "da importância do processo de paz". Arafat repetiu o que vem sendo o discurso unificado da liderança palestina, desde o atentado ocorrido na quarta e as subsequentes retaliações israelenses: "O governo israelense usou essa situação e o incidente para declarar guerra ao povo palestino, à sua Autoridade Nacional e a sua liderança, em vez de declarar guerra ao terrorismo". Essas medidas vão desde a suspensão das remessas de recursos à ANP até o fechamento dos territórios palestinos, passando pela suspensão das negociações para a paz, que já capengavam. É improvável que o presidente dos EUA ouça o apelo de Arafat, mas ele pelo menos ganhou o apoio de Mubarak. O presidente do Egito, segundo o líder palestino, "vai se movimentar em todas as frentes para reduzir o sofrimento do povo palestino". Outro líder árabe que está se movimentando é o presidente sírio, Hafez al Assad. Ele fez no fim da semana uma visita ao Irã, durante a qual lançou fortes advertências ao governo de Israel. Assad ameaçou usar a opção militar para retomar as colinas do Golã, que Israel ocupa desde a Guerra dos seis Dias, em 1967. O presidente sírio disse que o fará se a diplomacia falhar, como até agora falhou redondamente. A visita serviu igualmente para relançar o que Assad chama de "relações estratégias" com Teerã, cujo regime fundamentalista disputa com o Iraque, de Saddam Hussein, o papel de maior inimigo de Israel. (CR) Texto Anterior: Governistas estimulam mais violência Próximo Texto: Arafat também é "refém" do terror Índice |
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